Olá, queridos Humanos Divinos!
Primeiramente gostaria de agradecer todo o apoio que venho recebendo de vocês, através de
e-mails, mensagens, comentários, ligações! Percebi como sou rica com tantos Seres de Luz ao meu redor e sou muito grata por isso, de coração.
Hoje o post é diferente dos últimos, é uma história contada com uma escrita mais poética.
Desfrutem!
O CANTO DO PÁSSARO
Existe um pássaro solitário
Pousado no galho de uma árvore na alvorada
Um pássaro que canta um canto eterno
A mais bela e profunda melodia
O Canto da Alma.
É uma melodia que não cessa
É uma melodia pura e doce, suave, acolhedora.
Quando nos permitimos viver dançando com esse canto
A vida flui bonita
E floresce
E expande
Mas para viver dançando no ritmo do nosso canto
Precisamos primeiro ouvi-lo
Precisamos primeiro lembrar que ele está lá
Ah, ele foi esquecido
Foi ignorado, oprimido
Foi ocultado atrás de véus
Eu cheguei a pensar que nunca houve canto algum
Cheguei no ápice da desesperança e desespero
Buscando nos céus e nos infernos
A resposta para uma pergunta
Que eu nem sequer conhecia
E numa noite escura ele se fez ouvir
Além do som da tempestade e do vento forte
Que tornavam quase impossível escutar a sua pureza
Mas eu soube naquele instante
Que havia algo mais em meio ao caos
Não sei quanto tempo se passou
Até que o pássaro me visitasse outra vez
Talvez semanas, talvez vidas
Mas quando eu voltei a ouvi-lo
O caos parecia silenciar
E a doce melodia me dizia “Volta pra casa”
E o canto simples me cantava “Lembra-te de quem tu és”
Quem eu sou...
Eu disse
Quem tu és?
Perguntei
Mas o pássaro tinha ido embora
Longos anos se passaram
Anos de intermináveis perguntas
Anos de exaustivas buscas
Noites que passei ansiando ouvir aquela melodia reconfortante outra vez
Noites que amaldiçoei ter sonhado com o pássaro
Foi na alvorada que a dor terminou
Foi o mais lindo momento que vivi até então
Eu olhava para o horizonte cor-de-rosa
Pela primeira vez sem esperar que ele me desse respostas
Um pássaro negro surgiu no azul do céu que se despedia da noite
Senti o seu voo como se fosse eu a ave a planar
Ele pousou no meu ombro calmamente
E eu senti a melodia fluir dentro de mim
Eu escutei o canto do pássaro
Ele não abria o bico para cantar
Mesmo assim o canto cresceu
E parecia ressoar nas nuvens
E nos raios solares
Parecia ressoar em cada parte do meu corpo
Que agora se dissolvia na melodia
Meu corpo que se fundia na paisagem
Olhei a ave negra em meu ombro e num instante sagrado compreendi
Eu estava em casa
Morri árvore na alvorada
Renasci no novo mundo
Créditos de imagem para youtube.com/thecrimsoncircle
Aditya Chinchure em unsplash.com
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