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Minha primeira Cerimônia de Ayahuasca

  • Foto do escritor: Liah'ah
    Liah'ah
  • há 6 dias
  • 12 min de leitura

Na lua cheia de novembro de 2024, participei de uma cerimônia da medicina da floresta Ayahuasca, na Aldeia Bugigão, uma aldeia localizada em território indígena do povo Pataxó, no sul da Bahia.


Hoje vou compartilhar essa experiência com vocês.


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A história antes da história

Cheguei em Porto Seguro no mês de setembro de 2024. Sempre sinto uma energia ancestral muito forte em Porto Seguro porque foi o local onde os portugueses chegaram à pindorama e o transformaram em Brasil.


O próprio slogan da prefeitura de Porto Seguro fala: "O Brasil nasceu aqui".


Passei um mês morando no centro de Porto, com meu companheiro Lucas, até que Denis, um amigo artesão nos falou sobre um lugar chamado Caraíva. Ele não nos deu muitas informações sobre o local, mas disse que iriamos gostar e que seria bom pro nosso trabalho como artesãos também. 


Caraíva é um distrito de Porto Seguro, para chegar lá é necessário viajar 3 horas de ônibus por uma estrada de terra até Nova Caraíva, e então cruzar o rio Caraíva de canoa.


O Rio Caraíva é belíssimo e faz uma linda dança com o mar. Quando a maré está baixa, se vê somente o rio, doce, de águas escuras. Mas quando a maré sobe, o rio enche de água salgada, e transforma a paisagem com águas azul turquesa. 


Um verdadeiro paraíso escondido.


Pôr-do-sol no rio Caraíva
Pôr-do-sol no rio Caraíva


Rio Caraíva ao fundo exibindo o azul da cor do mar
Rio Caraíva ao fundo exibindo o azul da cor do mar

Outra coisa que faz Caraíva ser diferente de outros lugares é que lá nenhuma rua é asfaltada e nem mesmo existem calçadas, o chão é todo de areia.


No dia que chegamos, fizemos o cruze de canoa e conhecemos a vila (que é como o "centrinho" de Caraíva, onde ficam as pousadas e restaurantes) e fomos caminhando até o Xandó, uma aldeia indígena que durante a pandemia passou por um “Boom” de construções de casas, e hoje é possível encontrar pessoas de várias partes do Brasil morando na aldeia, alugando casa dos indígenas e até mesmo comprando terrenos.


Estar em território indígena foi uma surpresa pra mim, eu apenas esperava ir até um vilarejo onde venderia meus artesanatos, mas ganhei muito mais do que isso. 


Fomos caminhando pela areia até chegar na casa de Tiago e Irene, um brasileiro e uma boliviana que estavam hospedando nosso amigo, e nos permitiram armar nossa barraca em seu quintal. 


Irene é indígena da etnia Aimará, e durante o tempo que passei com ela, me ensinou muito sobre a cultura indígena, sobre Abya Yala, e me mostrou diferentes formas de ver o mundo.


Chegamos em uma quarta-feira, no sábado aconteceria a cerimônia de Ayahuasca do mês de outubro. Nós fomos convidados, mas preferimos não participar. Primeiramente porque é necessário uma preparação de uma semana sem comer carne vermelha ou beber álcool, e também porque sentimos que ainda não era o momento ideal.


O momento ideal se fez um mês depois. Um mês de convivência na aldeia indígena, um mês de aprendizado.


fim de tarde no quintal
fim de tarde no quintal

Chegado o dia

A noite da cerimônia era uma noite de lua cheia. 


Saímos do Xandó e fomos até a aldeia bugigão de carona com uma amiga que nos buscou em casa.


Caminhamos um pouco e logo chegamos ao local: uma oca redonda com um buraco no meio, onde estava acesa uma grande fogueira.


foto tirada na parte da manhã em uma cerimônia de Ayahuasca
foto tirada na parte da manhã em uma cerimônia de Ayahuasca

Ao redor da fogueira, mas embaixo da proteção da oca, cada um estende sua canga, esteira ou até mesmo colchão. Os homens de um lado e as mulheres do outro. 


Fiquei com Irene no lado das mulheres e Lucas foi com Tiago para o lado dos homens. 


Chegamos com bastante antecedência então aproveitamos para dormir um pouco.


Na hora marcada, o pajé acordou a todos com sua voz alegre e deu início a cerimônia com palavras de sabedoria. Outros homens convidados por ele também compartilharam algumas palavras para encorajar e tranquilizar os participantes da cerimônia.


Então todos foram convidados a pegar um pequeno copo com a medicina e um pedaço de fruta e ficar em pé ao redor da fogueira.


Após mais algumas palavras do pajé, todos bebemos a Ayahuasca ao mesmo tempo e silenciosamente voltamos aos nossos lugares. 


A bebida tem um gosto muito forte, e eu confesso que tinha certas expectativas a respeito de seus efeitos, mas a recebi em meu corpo de coração aberto. 


Deitei e novamente adormeci.


Quando acordei, três homens tocavam música tradicional indígena muito animada. Um tocava o tambor, outro o maracá e outro tocava o violão e cantava alto com uma voz poderosa. 


Meu corpo naturalmente queria dançar, mas eu sentia vergonha. 


Essa simples frase resume o início da clareza que a Ayahuasca me trouxe.


Me lembrei das palavras do pajé:  "Não venha para a medicina com culpa, não venha para a medicina com medo, a medicina é só alegria!"


E como sei que dentro de mim existe alegria infinita, não pude evitar sorrir diante desse pensamento, e deixar fluir.


Esse foi um dos ensinamentos da noite.


O mais interessante de tudo o que vivi naquela noite, é que não descobri nada novo. Não tive nenhuma "revelação". Tudo o que me foi mostrado eu já havia experienciado em minha vida de outras maneiras. O que aconteceu naquela noite, foi que pude experimentar esses saberes de uma forma diferente, num outro estado de consciência.


É como se aquela noite específica, cheia de visões magnificas - que eu não só via em multidimensões mas também sentia em cada parte do meu corpo - tivesse sido um filme de tudo o que eu vivi nos muitos anos da minha jornada de autoconhecimento. 


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Assim que criei coragem me levantei e comecei a dançar ao lado do meu cobertor, com os pés na areia. Simplesmente movia meu corpo de um lado pro outro no ritmo da música, levantando os pés mas sem sair do lugar. 


Algo dentro de mim pulsava para que eu fosse até o centro, para perto do fogo, mas o diálogo mental me dizia: "não há ninguém no cento; há só uma mulher indígena; ela é mais digna que eu de estar no centro dançando; como eu - uma mulher branca - vou ao meio da roda dançar músicas indigenas?; quem eu acho que sou?"


Respirei fundo e observei com consciência, compaixão e muito amor esse diálogo mental.


Eu estava ali, presente comigo mesma.


Caminhei até o centro e deixei fluir.


Como eu disse, foi uma noite de experienciar o deixar fluir, sem resistências.


Dancei , dancei, e enquanto dançava, não me importava com o ritmo ou com como parecia minha figura dançando, era essencial para a dança que eu esquecesse da minha identidade e da forma do meu corpo, era essencial esquecer quem eram os que tocavam a música,  era essencial não me importar com como os outros me veem.


Como os outros me veem, que grande questão e que questão tão boba ao mesmo tempo.


Enquanto dançava eu podia ver claramente esse padrão, essa preocupação que eu estou escolhendo deixar pra trás, e podia ver o caminho aberto e óbvio para deixá-la pra trás. 


Respirando profundamente senti a unidade. 


Sempre que estou em estados elevados de consciência (muitas vezes atingidos através da respiração consciente) eu sou levada a esse sentimento de unidade, é como a expansão máxima,  é o puro gozo do espírito. 


Me senti UM com cada ser ao meu redor, com a música,  com a fogueira, e com o solo sagrado que eu tinha a honra de pisar.


Consegui então distinguir honra e vergonha. 


Muitas vezes tive vergonha da minha aparência de branca, dos meus traços europeus, tive vergonha do passado,  do que fizeram os brancos com as outras populações ao longo da história,  e do racismo que ainda existe nos dias de hoje. Cada novo lugar que eu visitava,  me sentia inferior,  como se estivesse invadindo um espaço que não é meu, e até mesmo em Caraíva me senti assim. 


Exponho isso nesse artigo abertamente, porque é o mais verdadeiro e sincero que posso fazer.


Quando senti a unidade,  essa sensação de inferioridade desapareceu. Uma voz me dizia: "Você é bem-vinda, em qualquer lugar que você for, você é bem-vinda. E principalmente, você é bem-vinda aqui"


Essa voz me trouxe liberdade e eu dancei até me cansar.


Voltei a me deitar, sentindo o meu corpo, sentindo a minha presença. 


E percebi que os efeitos mais fortes já haviam passado, visto que logo que acordei , antes de dançar, eu havia vomitado a bebida.


Eu estava sem comer desde o almoço, então não havia nada mais para vomitar, o que contribuiu para uma cerimônia tranquila. 


Quando estava deitada, olhei pro céu e vi o brilho da lua por trás das nuvens.


O pajé passou oferecendo uma segunda dose "pra quem sentisse no coração".


Senti que queria, mas logo as precauções mentais começaram a me dizer que era minha primeira vez, que eu devia ser mais cautelosa, que não seria apropriado por isso e por aquilo. E então,  novamente, a presença,  a consciência observando tudo em seu estado neutro, me fez perceber que sim, eu senti no coração  que queria,  e isso era suficiente. 


Levantei e fui atrás da segunda dose.


Mesmo sem os efeitos psicodélicos da Ayahuasca estarem tão fortes, voltei ao centro para dançar por mais um tempo,  até que meu corpo pediu para que eu me deitasse.


Me deitei sentindo todo o corpo desconfortável e muita vontade de vomitar. Então vomitei a bebida e também a fruta que havia comido.


Mesmo assim o desconforto não passou.


Tentei me deitar, mas meu corpo vibrava, e era quase doloroso fechar os olhos.


Não lembro bem a ordem dos fatos, mas lembro que em algum momento deitada eu tive lindas visões.


Eu fechei os olhos e me concentrei na voz que cantava e na musica que tocava, e assim, toda a realidade ao meu redor parecia dissolver-se, tudo reduziu-se a vibração. 



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Por alguns breves segundos contemplei essa realidade vibracional, mas foi tão forte a sensação que tive que abrir os olhos novamente.


Lembro-me também de as vezes olhar para Irene, que dormia tranquilamente,  e ver seu rosto como o de uma criança inocente, como se ela fosse outra pessoa.


Até mesmo eu me senti outra pessoa, me senti muitas pessoas diferentes, eu podia ver e sentir essas outras pessoas, sabendo que eram outras versões de mim.


Em determinado momento, sentada, segurei minhas duas mãos, numa tentativa de me acalmar e relaxar, e quando olhei pra elas, era como se fossem mãos de homem. Até me assustei quando olhei a primeira vez, depois achei um pouco engraçado, e depois senti a união das energias feminina e masculina.  Era como se o masculino e o feminino dentro de mim estivessem se abraçando. Beijei minhas mãos, trouxe elas próximas ao rosto e ao coração, amor brotava de mim sem nenhum esforço. 


Em outro momento me levantei para ir no mato fazer xixi, e me abaixei na posição de cocorocas. Quando olhei para meus pés,  vi pés de criança,  e me senti uma pequena e inocente criança no meio do mato. Foi tão delicioso senti-lo, eu olhava ao redor,  me sentindo essa criança. E ao mesmo tempo, a Ayahuasca me conectava com cada planta e árvore ao meu redor. Eu estava tão imersa no meu transe que nem percebi quando uma guardiã ficou parada atrás de mim. Eu olhei pra ela e vi uma energia de amor, de cuidado, e novamente sorri. Intuitivamente fui com ela até o meu cobertor, onde ela sabia que eu estaria em segurança. 


Fiquei sentada assimilando a experiência, e comecei a sentir um profundo mal estar. 


Queria vomitar, mas não havia sobrado mais nada em meu estômago. Enquanto me esforçava em vomitar, amaldiçoei ter tomado a segunda dose, eu odiava sentir aquelas sensações horríveis. 


Novamente lembrei da não resistência, e apesar do mal estar, deixei meu corpo sentado se mover ao ritmo da música, enquanto um sorriso natural se abria em meu rosto.


Um novo aprendizado se fez, sobre o propósito da Ayahuasca e sobre uma nova atitude para se ter na vida. Eu sentia o corpo desconfortável, mas ainda sim estava dançando e sorrindo.  Aprendi que posso escolher a alegria mesmo quando tudo não parece tão bem assim.  É sobre dançar a dança da vida.


Novamente esclareço aqui, isso não foi uma novidade, eu já sei sorrir em meio as adversidades, mas o fato de estar lá, naquela noite, intensificou a minha sabedoria, me ajudou a incorporar essa sabedoria no corpo físico e na vida humana. 


Sentada, balançando meu corpo, olhei pra lua cheia que saía do seu esconderijo entre as nuvens. Era como se ela estivesse ali, bem na minha frente, e não à milhares de quilômetros de distância. A distância entre "eu" e o universo desapareceu. Todas as dimensões estavam disponíveis pra mim.


Foi uma sensação tão grandiosa que eu senti que ia explodir. Eu precisava expressar isso que estava sentindo,  então comecei a cantarolar acompanhando a música e entendi mais profundamente o motivo pelo qual estou habitando um corpo no planeta Terra.


Eu tenho o saber, eu tenho a clareza, eu conheço as outras dimensões, mas se eu ficar com tudo isso dentro de mim, vou sofrer, vou explodir, vou enlouquecer. Eu preciso expressar, preciso compartilhar com o mundo! E o mundo precisa que eu expresse, que eu brilhe,  que eu seja TUDO o que Eu Sou, faz parte de algo muito maior do que sustentar os caprichos de uma identidade humana.


Olhar pra lua e sentir que eu podia pegá-la com a mão me fez sentir o universo inteiro dentro de mim, e sendo assim, meu corpo não passava de um instrumento para a vontade divina. Um recipiente transparente para a luz pura da consciência, uma luz que tem o poder de despertar e iluminar a humanidade, que tem essa função inerente, sem que eu precise fazer nada. Na verdade, é melhor que eu não faça nada. Como humana, como Liah, eu não tenho poder algum, mas quando deixo ir a identidade, então sou UM com o todo e então eu sirvo ao todo. Devotamente, humildemente, naturalmente, sem nenhuma intenção.


Certamente essa foi a visão mais preciosa da noite para mim.


Eu Estou Aqui
Eu Estou Aqui

Outra coisa que percebi enquanto olhava aquela lua prateada foi a diferença entre a minha consciência pura e a minha consciência alterada pelos efeitos da Ayahuasca, era como se eu pudesse perceber a realidade com mais de uma perspectiva ao mesmo tempo.


Nos momentos difíceis, lembro que eu queria correr, fugir, desaparecer, mas tendo a plena consciência do Eu Sou, sabia que era impossível, não é possível parar de existir,  mesmo que meu corpo morresse, eu ainda existiria em consciência. Até mesmo senti a presença de Adamus Saint Germain, acompanhado de um corvo, dizendo-me "é tudo tua energia, não há nada a temer".


Nessa noite não só Adamus estava comigo, outros amigos não-físicos também vieram me acompanhar, como Tobias e Kuthumi, e claro, meu Dragão. 


O Dragão é um símbolo de clareza pra mim, o Dragão é a honestidade absoluta, é ver o que deve ser visto. 


Depois de tantas visões maravilhosas, me rendi ao descanso tranquilo, numa energia de amor e acolhimento que aumentava quando os guardiões da cerimonia passavam por perto com sua forte presença e um braseiro onde queimava amescla, perfumando e acalmando a todos.  


Sonolenta, acariciei meu rosto e adormeci, lembrando das palavras que alguém compartilhou no começo da cerimônia "afinal, se trata de amar a si mesmo".


Quando despertei já era dia e o efeito mais forte havia passado novamente. A onda mais forte se foi, e ficou uma tranquilidade e alegria sutil. 


Logo, todos começaram a despertar, e somente depois de uma hora do raiar do dia é que os músicos pararam de tocar, fiquei realmente impressionada com a capacidade deles de tocar e cantar a noite inteira, pois foram parte fundamental da experiência.


O pajé então convidou todos a formar um círculo, e mensagens de sabedoria foram compartilhadas com todos. 


Eu realmente apreciei as mensagens, sobre explorar a multidimensionalidade, o amor, e sobre dar um basta nos tempos de escassez e falta. 



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Conclusões finais

Ao final da cerimônia, encontrei meu companheiro Lucas novamente. Ele não aproveitou nada da cerimônia, pois estava com uma dor muito forte do lado direito do abdômen, que no dia seguinte descobrimos ser uma apendicite que necessitou ser operada. Na verdade,  estou escrevendo dentro do hospital, enquanto dou a ele todos os cuidados necessários após ele ter passado pela cirurgia. 


Mas em vez de questionar o porque que uma "desgraça" como a apendicite afetou as nossas vidas , estou confiando no fluxo da vida e dançando com a vida, com atitude positiva e atenta para perceber o que vai florescer dessa situação.


O que importa é que dentro de mim algo mudou. Sinto-me encorajada a deixar ir velhas maneiras de agir, velhas preocupações e sobretudo a necessidade de controlar tudo.


Não sei o que vai acontecer, não sei o que vai mudar quando eu voltar a Caraíva, mas simplesmente estou presente, e isso é tudo.


Quero usar esse espaço de considerações finais para resumir as visões que tive de forma concisa. Todas as visões estão conectadas às minhas experiências pessoais em anos de respiração consciente, olhar interior e integração da sombra.


Em primeiro lugar: "Eu Sou Um com Tudo". Isso é bem diferente do que dizer que todos somos um. Minha experiência direta me mostrou que cada ser é Único e Soberano, ou seja,  cada ser de luz é sua própria luz, sua própria consciência e essência. Entretanto, interagimos no espaço tempo e além dele, cada um tendo sua própria percepção da realidade e do outro. Quando você se percebe "Um com Tudo", você automaticamente percebe que "Tudo é Sua Energia" ou seja, toda a realidade que você percebe, seja nessa ou em outras dimensões,  é você, é  a sua energia. Até mesmo a maneira como você interage com outras pessoas, você percebe isso através de sua consciência e energia. 


Em segundo lugar: "Eu Sou uma Ponte entre as Dimensões"


No mundo, ao longo da nossa história como humanos, milhares de seres puderam acessar outras dimensões e lembrar nossa verdadeira natureza e essência. Cada ser que passou por essa experiência e se comprometeu a permanecer no planeta é uma ponte entre as dimensões e é uma peça essencial para definir o destino da humanidade. Ser uma ponte entre os mundos é viver a magia a cada dia, é viver o amor a cada dia, é ser o exemplo vivo de que somos mais do que pensávamos que éramos. 


Terceiro Saber: "Eu Sou Alegria, Não Importa o que esteja acontecendo na minha experiência humana" Sentir meu corpo sofrendo e ainda sim sorrir e dançar é ir além das emoções e pensamentos que transformam "situações" em "problemas". Minha essência é o puro gozo do espírito,  Eu Sou Alegria.


Quarto Saber: Eu Sou O Que Eu Sou, livre das opiniões alheias e da necessidade de agradar o outro.  Para mim, esse é ainda o mais difícil de incorporar. Mas em essência, está relacionado à Soberania. Eu Sou O Que Eu Sou, não importa o que pensem de mim. Não preciso e nem devo me diminuir numa tentativa de não incomodar, e nem mesmo tentar encaixar em espaços que não me servem só para agradar ou seguir uma norma. Eu sinto o "Eu Sou" e o "Eu Sou" não precisa de explicações. É simplesmente SER.


Com isso, agradeço a todos que acompanharam essa partilha até aqui.


Nota: Esse texto foi escrito em novembro de 2024, minha vida mudou completamente desde então, e em breve vou compartilhar isso com vocês. 


Com amor, Liah’ah.


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