"Não preciso ser uma Forte Guerreira, posso ser uma Sábia Maga."
A guerreira forte luta, ela consegue tudo com esforço, com muito trabalho e disciplina.
A Sábia Maga permite, ela recebe e flui.
A Sábia Maga deixa tudo chegar até ela, parada no meio de Toda a Criação, observando os movimentos da vida, movendo-se e dançando com a vida.
A Sábia Maga saboreia a singularidade de cada momento, sabendo que cada experiência foi criada para Sua Alegria.
A Sábia Maga não luta para alcançar um resultado, mas sim mergulha fundo na vida sem qualquer expectativa, aberta à todas as aventuras que possam surgir.
Escrevo isso como uma guerreira muito cansada, aposentada do campo de batalha - do campo de batalha interior da luz e das trevas, do bem e do mal, do certo e do errado. O campo de batalha criado pela ilusão da separação.
Como eu disse, cansei de lutas e cansei de sofrer.
Fiz a escolha de receber em vez de resistir e tenho observado isso acontecer.
Tenho me permitido abrir-me para toda a minha luz, sem restrições... aberta para ver a escuridão e não lutar contra ela, aberta para ver minha magia acontecer.
A integração profunda vem em resposta a isso. Boas respirações profundas e lembrar da minha escolha, sempre lembrar da minha escolha, estar comprometida comigo mesma.
E a paz em meu coração é a recompensa por isso.
Ser a Maga é muito mais divertido do que jogar todos os jogos antigos.
Liah'ah
Como já contei aqui no blog, (neste artigo aqui) o evento “Magia dos Mestres” que ocorreu na Eslovênia no ano de 2018 teve um grande impacto na minha vida.
Escutei os áudios das canalizações no começo de 2019 com tradução simultânea em espanhol na maravilhosa voz da Vili Aguirre. Uma das frases que mais me chamou atenção foi uma frase dita por Sam “Yo Existo porque Tu Existes”. Eu existo, porque você existe. No momento em que escutei isso, ressoou em mim. Eu não entendia o que significava, minha mente não via sentido em toda essa história de comunicação e energia, mas de alguma maneira, escutar os áudios do evento reviveu algo dentro de mim.
Se passou praticamente um ano em que esse algo revivido permaneceu crescendo silenciosamente dentro de mim, como raízes debaixo da terra.
Era janeiro de 2020 e eu estava na Ilha da Magia, em minha primeira viagem sozinha estilo “mochilão”. Foi a primeira vez que me vi longe da família e em contato com o fluir da minha energia, sem agendas.
Fiquei hospedada em um hostel com vista pro mar.
Antes de seguir a história, preciso deixar claro aqui que sou completamente apaixonada pelo mar. Na cidade onde vivi a maior parte da minha vida, não há mar. O mar era uma coisa ocasional, com muita sorte eu podia vê-lo 7 dias ao ano, no verão, quando viajava para casa de minha tia. E depois disso, passava o resto do ano sonhando com vê-lo outra vez.
Quando vi o mar pela janela da sala do hostel, me enchi de alegria. Eu sabia que naquela parte da ilha ele não era apropriado para banho, mas simplesmente poder vê-lo, com seu horizonte azul e sua imensidão, me fazia sentir “no meu lugar”.
Foi numa dessas olhadas pela janela que escutei o oceano falar comigo pela primeira vez.
Eu olhava para ele encantada, como sempre.
Meus olhos azuis brilhantes, e ele disse: “Eu Existo porque Tu Existes”
Não fiz mais que sorrir, fechar os olhos e sentir o oceano dentro de mim.
Eu sabia disso.
“Mas como assim?” perguntei
“Eu Existo porque Tu Existes” ele respondeu
Eu continuava sem entender porque ele existia porque eu existo, mas de qualquer forma, ele era tão lindo, tão majestoso, em algum momento eu iria entender!
Um outro dia, enquanto eu caminhava na orla, ele voltou a falar comigo, sussurrou baixinho: “Eu Existo porque Tu Existes”
Cada vez que ele falava comigo, era como se eu fosse trazida de volta à presença, como se em meio ao ruído de milhares de pensamentos, aquela voz sutil fizesse minha mente soltar um pouco a resistência, era como se o saber da minha alma fizesse mais sentido que o saber intelectual e lógico. Eu me sentia bem, eu me sentia viva, me sentia infinita.
Uma bela manhã me levantei cedo e cruzei a ilha em direção ao norte, em direção a praia da Daniela, uma praia onde o mar não tem ondas, é tranquilo, perfeito para nadar e flutuar.
A praia estava vazia e assim que cheguei comecei minha prática de yoga. Nessa manhã silenciosa até mesmo o sol que queimava minha pele parecia falar. Ele parecia dizer a mesma coisa que me dizia o oceano “Eu Existo porque Tu Existes” e também me disseram isso a areia, o céu e as montanhas ao longe. Os pássaros negros que voavam lá no alto e se perdiam entre as nuvens também me diziam “Nós Existimos, porque Existes Tu”.
Nesse dia, depois do yoga, tomei um banho de mar delicioso. Eu nadava, pulava e ria alto brincando com meu amigo oceano, eu jogava água pra cima e repetia o que ele havia me dito durante tanto tempo:
“Eu Existo porque Tu Existes! Você Existe porque Eu Existo!”
“Você é minha energia em serviço. Você está a meu serviço. Você me serve em honra, e em honra eu te reconheço. Em honra eu te agradeço, amigo!”
Finalmente, finalmente aquilo assentou dentro de mim. Não como um entendimento intelectual, mas como um saber. Um saber que com o passar dos anos expandiu-se e transformou-se…
Mas foi naquela manhã, na praia da Daniela, que as raízes silenciosas começaram a florescer.
Me deitei sobre a água e respirei profundamente para flutuar.
Olhos fechados, o sol quente sobre meu rosto e a água fria abaixo do meu corpo.
Inspirar. Expirar.
Ouvir a respiração.
Ouvidos sob a água.
Ouvir o mar.
Respirando e me conectando com toda a vida que existe nas profundezas do oceano, a areia, as algas, os corais.
Sentindo-me em união com tudo que há.
Respirando e me comunicando. Afinal, eu estava começando a descobrir a magia da comunicação.
Foi aí, flutuando, que escutei o canto de uma baleia.
De imediato me assustei e coloquei meus pés no chão.
Só imaginar uma enorme baleia perto de mim me fez querer sair correndo!
De fato, o som que ouvi não foi uma baleia que estava próxima, foi um episódio de comunicação multidimensional. Ou seja, não ouvi o canto da baleia com meus ouvidos humanos, mas sim com os sentidos angélicos.
Respirei profundamente e voltei a flutuar.
De olhos fechados, conversei com a baleia que estava em algum lugar na imensidão do oceano.
Ela também existe porque eu existo, ela também é minha criação, é minha amiga.
Uau!
Saí do mar energizada, simplesmente não conseguia acreditar no que havia acabado de acontecer! Que manhã maravilhosa de expansão da consciência.
Era o começo da minha jornada para me tornar consciente de que Sou Consciência e que a Energia Serve a mim da maneira que eu escolher, sem palavras, sem intenção, é a mais sutil das comunicações.
A Comunicação entre Consciência e Energia - o verdadeiro motivo que me trouxe a este planeta. A ciência, a metafísica que impulsiona minhas experiências, a realização pós realização, dia após dia, expandindo o que se sabe sobre isso, expandindo a consciência universal através da vida na carne e no osso.
“Eu Existo Porque Você Existe” - Uma frase simples e amorosa cheia de sabedoria.
Quando o Oceano me ensinou que ele existe porque eu existo, ele estava me falando: “A Consciência é necessária para a existência de qualquer coisa, sem consciência nada pode existir” ele estava me dizendo: “você me criou, você criou toda a realidade que você está experimentando como humana” e também: “Você e sua criação são uma só coisa, não há separações” e assim, me mostrou também que eu não estava sozinha, pois tudo ao meu redor sou eu, é o meu profundo amor por mim mesma.
Olá meus queridos, é com grande honra que compartilho com vocês a primeira história da série "A Vida Cotidiana de uma Merlin Moderna".
Sinto que é importante, antes de começar a história, contar um pouco sobre o nome dessa série.
Esse nome surgiu há mais ou menos 3 anos. É o nome do documento na minha conta do Google onde escrevi centenas de histórias, desabafos e até mesmo aquilo que chamo de autoterapia. Enfim, o simples fluir da consciência através das palavras. Pensei em gravar um podcast com esse nome ou então fazer vídeos no youtube, mas até o presente momento, esse era apenas o nome do meu "diário". Agora, quer dizer, há mais ou menos 2 minutos, quando abri o editor para postar esse artigo, é que decidi que o nome seria usado para compartilhar histórias aqui no blog. Acho esse nome bem interessante, porque se trata das experiências pós-realização. Ou seja, meu caminho de incorporar minha luz. É muito importante falar disso, porque existe um conceito de que a iluminação é um tédio, de que o mestre iluminado passa o dia meditando e vive escondido na floresta longe de todo mundo. Mas na verdade os mestres iluminados hoje em dia estão no meio da vida, bem no meio do caos do mundo, nas grandes cidades, eles tem empregos, pagam contas, tem famílias... Pessoas Iluminadas continuam sendo pessoas!
Nessa série de histórias da "vida cotidiana" vou compartilhar o quão ordinária a vida de um ser iluminado pode ser, e o quão extraordinária ela é ao mesmo tempo. Quanto a parte que se refere a "Merlin Moderna" isso faz referência a Magia da vida. Ser um ou uma Merlin significa conhecer a magia da vida, que nada mais é do que estar desperto, consciente. Nada a ver com truques ou varinhas mágicas. A magia é a consciência. Os Merlins do passado já sabiam disso, mas vale a pena acrescentar a palavra moderno, pois os desafios que um Merlin enfrenta hoje em dia são um tanto diferentes dos de antigamente.
História 1 - O Dia do Eclipse
Semana passada tive a oportunidade de ver um Eclipse Solar.
O dia inteiro foi repleto de acontecimentos inesperados que me levaram a ver o Eclipse na praia.
Era sábado. Saí pela manhã pensando no trabalho e em pagar as contas. Pensei que não ia ver o Eclipse porque não havia conseguido comprar a tal da lente que protege os olhos, e estava com medo de olhar e prejudicar meus olhos. Então não estava esperando vê-lo, nem estava me importando muito com isso.
Fui para a praia e comecei meu trabalho vendendo arte, como costumo fazer aos sábados.
Uma coisa diferente desse dia é que em vez de ir para a mesma praia que vou todo fim de semana, fiquei na praia perto da minha casa. Essa foi a melhor escolha: em menos de 2 horas de trabalho eu já havia recebido a quantia que queria naquele dia. E com menos esforço.
Era cedo, então eu e meu companheiro Lucas decidimos continuar trabalhando, caminhando na areia.
Enquanto eu caminhava sozinha, um cara que estava em uma mesa me chamou e comprou uma pulseira para sua filha. Ele me perguntou como estava sendo meu dia, se as vendas estavam boas, de onde eu venho, e contei um pouco da minha história para ele. Então ele me convidou para sentar à mesa com ele e sua família. Sentei-me lá e ele me convidou para uma dose de uísque e pediu ao garçom uma garrafa de cerveja Stella Artois. Me permiti relaxar um pouco, e em poucos momentos Lucas se juntou a nós na mesa, para beber e conversar.
Enquanto conversávamos, a família nos convidou para almoçar com eles na casa deles (sim, usei a palavra “convidou” muitas vezes neste post, mas foi exatamente o que aconteceu: um fluxo de presentes. Bastava apenas recebê-los. O que para mim às vezes ainda é difícil, resistências e dúvidas continuam surgindo, mas assim que as percebo, escolho receber 🌟 e ir além delas. Tenho que admitir que Lucas está me ajudando a me sentir confortável recebendo)
Continuando a história: chegamos na linda casa deles e em poucos minutos a comida estava na mesa!
Comida típica do Nordeste do Brasil. Quem conhece a comida pernambucana sabe do que estou falando... Uma delícia!
Enquanto estávamos na casa deles, eles nos trataram como se fôssemos da família. Isso é algo que não vivi em nenhum outro lugar do Brasil, só aqui na região Nordeste, bem longe da minha cidade.
Sinto-me muito grata por poder viver esta experiência humana, por sentir como as pessoas se preocupam umas com as outras, como as pessoas estão abertas para dar sem expectativas.
E como tudo é minha energia: está tudo bem receber.
Ficamos na casa deles até quase o fim da tarde, quando sentimos que era hora de partir.
Agradecemos por tudo que nos deram naquele dia e Lucas deu uma pulseira de macramê para a menina.
Eles disseram que são nossos amigos e que podemos ligar para eles e ir lá quando quisermos.
Saímos da casa e estávamos indo ao supermercado, mas antes de chegarmos lá o Lucas me lembrou sobre o eclipse! Fomos direto para a praia novamente!
Assim que chegamos à praia e olhamos na direção do sol, lá estava: o eclipse solar!
Eu não conseguia acreditar que estava literalmente vendo o eclipse. Acreditei tanto na ideia de que não seria possível, que esqueci que era uma coisa tão fácil: bastava só olhar 🌙
A luz do sol estava sombreada pela lua e toda a atmosfera da praia era mágica!
Foi o primeiro eclipse que vi na minha vida. E vi tudo em vermelho, porque as lentes dos óculos de sol que eu estava usando são vermelhas.
O lindo formato da lua no sol... Um anel de fogo! Que milagre é o cosmos!! O visito tanto em Viagens Mágicas, vê-lo com os olhos físicos foi uma experiência bem diferente, senti a energia vibrando no meu corpo, na carne e nos ossos... Foi primoroso!
Como já disse antes, nesse dia eu tinha pensado apenas sair para um dia normal de trabalho, nem mesmo tinha colocado um biquíni para poder tomar banho no mar… o que não foi impedimento, mais uma vez Lucas me chamando pra vida. “Vem viver, para de dar desculpas!” E assim tomamos banho no delicioso mar de Maragogi sob a luz e energia do Eclipse!
Tão divertido e tão simples… nada mais é necessário além de permitir-se!
Essa é a primeira história.
Nos vemos em breve!
Liah'ah