Eu primeiramente senti o potencial de mudar o meu nome após minha amiga e parceira de jornada, Lucyah, mudar o seu nome. Sim, parceira de jornada, pois transcendemos os papéis de mãe e filha. Nos reconhecemos como duas Almas Soberanas que escolheram perceber sua Iluminação enquanto inspiravam o caminho da outra. É uma linda história, compartilharei mais sobre ela em outro momento.
O ponto é que Lucyah é uma das artistas da minha loja de arte aqui no The Ahmyo Life, e ao ver o seu novo nome tão leve e verdadeiro, ao lado de meu antigo nome, meu antigo nome parecia pesado e cheio de histórias, eu senti um potencial de mudá-lo.
Antes disso eu já havia tido discussões interessantes sobre o fato de eu não usar o sobrenome herdado do que seria a minha “família” italiana.
Com isso, percebi que eu não usava aquele sobrenome porque rejeitava uma parte minha. Uma forma de rejeição a tudo que seria o passado, é uma forma de rejeição aos ancestrais, um medo de repetir padrões. E é claro, ao perceber isso, eu estava a uma respiração de distância de mudá-lo. Essa é a beleza da percepção, a beleza da consciência.
Então abracei tudo, abracei todos os nomes, títulos, todas as identidades, todas as histórias, todos os medos e toda a beleza.
Abracei tudo corajosamente, em completa aceitação por cada memória, inclusive memórias que nem eram minhas, as histórias contadas que pareciam ser histórias vividas por mim, mas eram só histórias a final de contas.
Aceitar o meu nome completo foi um ato simbólico de aceitar a mim mesma completamente. Aceitar e amar o meu nome completo foi o primeiro passo para deixá-lo ir.
Um belo dia de outubro eu estava escrevendo no meu diário, e de repente uma magia aconteceu. Eu escrevia sobre a minha vida humana cotidiana e de repente ela chegou - Liah.
Liah. Somente Liah. Simplesmente Liah.
Eu me assustei. Eu escrevi as quatro letras como uma canalização.
Eu não estava escrevendo sobre um novo nome, nem estava pensando que meu novo nome chegaria tão rápido.
Mas ali estava ela, Liah.
Eu não me reconheci nela de primeira.
Eu ainda queria ficar com a velha identidade um pouco mais.
Ainda haviam jogos relacionados a velha identidade que eram prazerosos de jogar. Mas deixei Liah chegar mais perto.
Um tempo atrás eu havia feito uma escolha de deixar ir tudo o que já não me servia, deixar ir tudo aquilo que eu ainda estava amando jogar. Eu fiz essa escolha pois me senti pronta para soltar, e agora isso estava acontecendo bem na minha frente.
Eu estava assustada e ao mesmo tempo orgulhosa do movimento breve das minhas energias em resposta à minha escolha de absoluta liberdade.
Vi outro penhasco à minha frente.
Quando criei o site havia um penhasco.
Era necessário dar um salto,
mostrar a minha luz, abrir as minhas asas.
E agora eu me via outra vez com a mesma sensação, mas agora o saltar era muito mais natural - sem ponderar, apenas ir.
Um novo ato de consciência.
Foram necessários alguns dias para despedir-me da velha identidade.
Eu sentia a morte em meu corpo físico e nos meus pensamentos, uma desconstrução, um dissolver, mas sem resistência.
A parte que estava morrendo sabia que estava morrendo e estava permitindo-se morrer. Eu estava permitindo-me morrer, por mais desconfortável que fosse.
Ao mesmo tempo que essa velha identidade caía aos pedaços, eu sentia meu corpo de luz mais perto, como um sorriso, uma alegria, e me dizia “obrigada por abir espaço para mim”
Outra coisa linda sobre essa morte foi o periodo do tempo linear em que ela ocorreu, entre o Halloween e o dia de finados, talvez alguns dias a mais… Um simples detalhe que criei para embelezar essa história ainda mais.
Quando respirei e senti dentro do nome Liah, eu senti que ele abraça tudo, eu senti que Laura está dentro de Liah, no L, no a, na ressônancia, eu senti minha essência em Liah, eu senti a verdade nesse nome, eu senti a alegria nesse nome.
A ressonância de Liah parece com Aliyah - nome de uma prática ancestral de amor a si mesmo. Então, uma das definições do nome Liah poderia ser “Aquela que ama a si mesma”, mas é claro, estamos além de definições aqui.
Eu adicionei o ‘ah ao final, formando Liah’ah.
É como um suspiro, ou até mesmo uma risada, é a alegria da minha alma em forma de som.
Ah também pode vir de Ahhhmmmyyyooooo ou ser um simples “Ah!” - uma ressonância divina.
Eu não estou estruturada dentro da personagem Liah’ah.
Eu não caberia aqui.
Não sou só isso.
Eu sou Liah’ah. Eu Sou uma Facilitadora da Nova Consciência, uma pintora, uma escritora, sou uma Mestra Iluminada, mas não sou só isso.
Eu Sou Consciência Infinita e Eterna.
Sou todos os universos que criei, cada lugar tocado pela consciência, toda a grandeza concebível e inconcebível. Sou TUDO o que Eu Sou.
E assim é para cada ser Soberano.
Deixar ir a identidade é assustador, e não, não é necessário trocar o nome para deixar ir os papéis e trocar o ato de consciência. Você pode amar e honrar tudo o que você é, indepentende de palavras, letras e definições.
Se você sente o potencial de receber um novo nome, abra seu coração e mente e esse presente virá.
Mas além disso está a Consciência Pura - Plena e Eterna.
Lhe agradeço por estar aqui.
Com amor, Liah’ah - Livre e Soberana.
Namaste.
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