Alguns dias atrás eu fui acampar com meu irmão, Tiago, na Ilha de Florianópolis, onde eu estou morando agora. Fomos a Naufragados, é o ponto mais ao sul da ilha e é muito comum entre os mochileiros que passam por aqui.
Chegamos um pouco antes do pôr-do-sol, o que nos proporciona tempo para armar a barraca no bosque proxímo a praia e ainda tomar um banho de mar muito especial!
Estamos completamente sozinhos, num local paradisíaco. O oceano relfete a cor do pôr-do-sol. É um mar cor-de-rosa mágico e um céu mágico cor-de-rosa! Tudo isso parece um sonho. Ao olhar em frente, a visão é do horizonte infinito. As luzes da cidade, muito ao longe, começam a se acender. Ao olhar ao nosso redor, estamos cercados por montanhas e bosque. É como uma proteção natural, como estar abraçados pela natureza. Eu escuto a voz interior dizendo “é tudo minha energia” e me permito ser abraçada por mim mesma. As ondas do mar parecem tão altas que por vezes escondem o horizonte, mas ao quebrar são gentis, amigáveis. “É tudo minha energia”.
Eu olho ao redor é não há ninguém. Estou em um lugar sillencioso e isolado, e sei que toda a majestosa natureza, a beleza, a paz e o silêncio estão dentro de mim.
A sensualidade ganhou um novo nível quando pisei na Ilha da Magia.
Depois do nosso banho de mar, voltamos ao bosque, à barraca, para comer alguma coisa.
Mas não ficamos na barraca, as estrelas nos chamavam!
Caminhamos novamente até a praia. Chegando lá, podemos observar uma tempestade além da montanha. As nuvens sobre ela se acendem em relâmpagos e raios e voltam à escuridão completa em segundos. Elas repetem isso por muitas vezes. Um espetáculo da natureza criado especialmente para o deleite de nossos olhos e espíritos. Por um momento havíamos temido que a tempestade caísse bem onde estávamos e não pudéssemos ver as estrelas… mas logo lembramos que não teríamos escolhido acampar justo na noite de chuvas, e que as nuvens iriam se rearranjar para nos servir.
E assim é - melhor do que o esperado!
As estrelas são estonteantes! Nunca em nossas vidas havíamos visto tantas estrelas, afinal, raras vezes havíamos deixado nossa cidade natal, Porto Alegre.
Não canso de olhar para o céu, fascinada, a procurar constelações, a imaginar e sentir o que há além do que os meus olhos estão vendo.
Meu irmão vai caminhar sozinho no breu, com os pés no mar, e eu fico sozinha no breu, olhando pro céu. Eu coloco música para tocar no meu Smartphone, imagino uma super festa celestial.
Respirando profundamente sinto a brisa fresca da noite. Respirando profundamente começo a dançar.
Danço com as estrelas e convido meus amigos Mestres Ascensos a se juntarem à festa. Eu gosto muito dessas festas. Sinto que há mais seres presentes do que eu posso conceber com a minha mente, mas nunca me importo com isso. Estou sempre no meu Espaço Seguro, expandindo e celebrando.
A música é de Yoham Project. Yo-ham - minha voz em espírito. A voz de Metatron.
Nos últimos dois anos, o grupo musical que mais tenho ouvido. É como uma ponte de ligação entre humano e divino para mim. Uma maneira fácil, rápida e deliciosa de me sentir eu mesma. Não importa quantas vezes eu já tenha escutado suas músicas, cada vez é um novo mergulho.
Nesta noite específica, eu sinto que os 3 músicos do grupo se juntam a festa que recém criei. É como se eles estivessem na praia, envoltos nas estrelas, dançando na areia. A música não encobre os sons da natureza, tudo parece complementar. Eu danço um pouco mais… até as preocupações invadirem a minha mente! Os pensamentos me dizem que deixei meu irmão sozinho no breu e fiquei com a luz, que já fazia meia-hora que ele havia saído de perto de mim, e perguntam "se ele sumir o que você vai fazer?"
Deixo meus convidados para trás (se você estava lá, sinto muito, mas acredito que a festa continuou no Clube dos Mestres Ascensos) e vou procurar meu irmão na beira do mar, usando a lanterna do celular - uma cena patética, a dança estava bem melhor.
Conforme caminho, respiro fundo, e começo a contemplar os pensamentos que correm pela minha mente - essa que já está no nível “mingau” depois de tantas experiências interdimensionais inexplicáveis.
Encontro meu irmão, e depois de mais alguns bons minutos de contemplação da beleza daquele lugar, vamos dormir.
Acordamos com o despertador às 4 a.m.
Temos uma pequena escalada se queremos assistir ao nascer do sol, que ocorre pouco após as 5 a.m.
Outra vez as nuvens cobrem o céu, e eu digo a meu irmão: “vamos ver esse nascer do sol, nem que as nuvens cubram todo o céu e o horizonte fique limpo para nós! “
Escalamos a montanha rochosa, na companhia de insetos e flores.
Ao chegar ao topo, nos encontramos num forte construído há pouco mais de um século atrás. E faço meu primeiro benching do dia sentada ao lado de um canhão!
O canto dos mais diferentes pássaros parecem vir de dentro da montanha.
Nessa manhã, vivo outra experiência multidimensional com meus amigos Mestres Ascensos.
Estou sentada contemplando o horizonte, imaginando figuras nos contornos das nuvens.
E me dou conta de um formato um tanto peculiar, como uma cabeça e um tronco.
Olho outra vez e agoro vejo três desses formatos, e imagino que seja ASG, Koot, e Tobias… mas me dou conta de que não são apenas três, essas figuras estão preenchendo todo o céu!
Nesse momento meu corpo humano parece minúsculo, e eu sinto outra vez a totalidade de mim.
Olho para as figuras e recebo outra vez os dez mil aplausos.
O sol brilha dentro das nuvens.
Lembro-me de que há tantos Mestres assistindo minha jornada, e percebo inclusive a mim mesma além do tempo-espaço - uma Mestra Ascensa - aaplaudindo-me, pela beleza do que estou vivendo, pela luz que estou brilhando, pelo meu sorriso sincero, pelo meu amor por mim mesma.
Abro meus braços e recebo o reconhecimento!
De todos os meus amigos, e o meu próprio reconhecimento.
Sim, eu estou aqui.
Sim, a única coisa que preciso fazer é brilhar.
Sim, é o fim E o começo.
Depois dessa experiência magnífica, descemos a montanha e tomamos café-da-manhã na beira da praia, admirando o oceano.
Curtimos a manhã toda de solidão, silêncio e mar.
Quando as pessoas começam a chegar, percebemos que é hora de ir embora.
Arrumamos nossas coisas e voltamos pra casa.
Nas nossas conversas, concordamos que aquele lugar foi o mais mágico que havíamos visitado até então, era como se a essência da Ilha da Magia estivesse concentrada entre aquelas montanhas e o oceano.
As nuvens apresentavam formas tão vivas que parecia que iriam tomar vida e andar entre nós.
O mar cantava docemente.
O sol dançava sobre nossa pele.
Num desses banhos-de-sol, veio uma inspiração, um insight “Expressão!” e sobre isso vou falar no próximo post.
Gratidão por acompanhar este blog! Até breve!
Com amor, Liah’ah
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