- Liah'ah
- 2 de jul. de 2021
- 2 min de leitura
Olá, queridos Humanos Divinos!
Primeiramente gostaria de agradecer todo o apoio que venho recebendo de vocês, através de
e-mails, mensagens, comentários, ligações! Percebi como sou rica com tantos Seres de Luz ao meu redor e sou muito grata por isso, de coração.
Hoje o post é diferente dos últimos, é uma história contada com uma escrita mais poética.
Desfrutem!

O CANTO DO PÁSSARO
Existe um pássaro solitário
Pousado no galho de uma árvore na alvorada
Um pássaro que canta um canto eterno
A mais bela e profunda melodia
O Canto da Alma.
É uma melodia que não cessa
É uma melodia pura e doce, suave, acolhedora.
Quando nos permitimos viver dançando com esse canto
A vida flui bonita
E floresce
E expande
Mas para viver dançando no ritmo do nosso canto
Precisamos primeiro ouvi-lo
Precisamos primeiro lembrar que ele está lá

Ah, ele foi esquecido
Foi ignorado, oprimido
Foi ocultado atrás de véus
Eu cheguei a pensar que nunca houve canto algum
Cheguei no ápice da desesperança e desespero
Buscando nos céus e nos infernos
A resposta para uma pergunta
Que eu nem sequer conhecia
E numa noite escura ele se fez ouvir
Além do som da tempestade e do vento forte
Que tornavam quase impossível escutar a sua pureza
Mas eu soube naquele instante
Que havia algo mais em meio ao caos

Não sei quanto tempo se passou
Até que o pássaro me visitasse outra vez
Talvez semanas, talvez vidas
Mas quando eu voltei a ouvi-lo
O caos parecia silenciar
E a doce melodia me dizia “Volta pra casa”
E o canto simples me cantava “Lembra-te de quem tu és”
Quem eu sou...
Eu disse
Quem tu és?
Perguntei
Mas o pássaro tinha ido embora
Longos anos se passaram
Anos de intermináveis perguntas
Anos de exaustivas buscas
Noites que passei ansiando ouvir aquela melodia reconfortante outra vez
Noites que amaldiçoei ter sonhado com o pássaro
Foi na alvorada que a dor terminou
Foi o mais lindo momento que vivi até então
Eu olhava para o horizonte cor-de-rosa
Pela primeira vez sem esperar que ele me desse respostas
Um pássaro negro surgiu no azul do céu que se despedia da noite
Senti o seu voo como se fosse eu a ave a planar
Ele pousou no meu ombro calmamente
E eu senti a melodia fluir dentro de mim
Eu escutei o canto do pássaro
Ele não abria o bico para cantar
Mesmo assim o canto cresceu
E parecia ressoar nas nuvens
E nos raios solares
Parecia ressoar em cada parte do meu corpo
Que agora se dissolvia na melodia
Meu corpo que se fundia na paisagem
Olhei a ave negra em meu ombro e num instante sagrado compreendi
Eu estava em casa
Morri árvore na alvorada
Renasci no novo mundo

Créditos de imagem para youtube.com/thecrimsoncircle
Aditya Chinchure em unsplash.com
- Liah'ah
- 23 de jun. de 2021
- 3 min de leitura

Para contar esta história, devo transportar-me ao dia em que o Cetro Soberano apareceu para mim pela primeira vez. Isso aconteceu quando eu estava assistindo à canalização
mensal do Crimson Circle, conhecida como Shoud, no mês de fevereiro de 2021.
Nesse dia, meu grande amigo, Mestre Adamus Saint-Germain, propôs que todos os participantes do evento imaginassem e sentissem um cetro.
Na metáfora criada por Adamus, o cetro representa o saber interior.
O cetro é um lembrete de que nós temos todas as respostas para as nossas próprias questões.
Ao imaginar o cetro, ao sentir que o seguramos, nós tomamos posse de quem somos e assumimos nossa Soberania e Sabedoria.
Não é um símbolo de poder e nem mesmo uma varinha mágica. Embora, ao imaginar o cetro, uma alquimia pode acontecer, se você permitir. Você deixará o estado de medo, dúvida e ansiedade e será transportado para um lugar de clareza e pureza, um lugar que existe dentro de você, onde estão todos os potenciais mais brilhantes para a sua vida.
O cetro é uma linda maneira de entrar em conexão com esse lugar e quanto mais quieto você estiver, sem distrações e sem pensamentos de precaução, melhor.
Ao imaginar o seu próprio cetro, permita-se sentir os potenciais e não duvide deles, sinta como sua alma canta ao encontrá-los e mantenha essa sensação com você, incorpore.

Quando eu senti meu cetro pela primeira vez, naquele sábado de fevereiro, surgiu uma vontade muito grande de manifestá-lo em forma física de alguma maneira. "Talvez eu deva criar alguma miniatura em madeira" pensei "Ou fazer uma pintura! Ou até mesmo um simples desenho, mas que represente a grandeza do que eu estou sentindo!"
Como de costume, o dia após o Shoud é um domingo preguiçoso e relaxado - no melhor sentido que essas lindas palavras podem ter - e não me preocupei muito com a manifestação do Cetro.
Foi na segunda-feira que recebi a visita de um grande Mestre, meu sobrinho Pedro Granada e sua família.

Naturalmente é uma grande festa quando nos reunimos: rimos muito e as energias dançam ao nosso redor! Naquela manhã de sol não foi diferente, estávamos todos no quintal simplesmente desfrutando a presença uns dos outros. Noah, meu sobrinho mais novo de apenas 3 anos, já havia encontrado os materiais de desenho. Ele estava enchendo folhas A4 com círculos e formas abstratas, nos desafiando a adivinhar o que ele havia desenhado. Foi nesse momento que recebi um insight “Estamos todos aqui... Pedro... as folhas em branco... os lápis de cor…”
Pedro tem apenas 11 anos, mas já apresenta grande talento para o desenho, além de ser muito interessado em dragões, magos, magia e no período da idade média. Não pensei duas vezes antes de pedir que ele desenhasse um cetro para mim, e ele não pensou duas vezes antes de pôr às mãos na massa, ou melhor, nos lápis de cor.

Ele desenhou um lindo cetro: o bastão é feito de madeira e possui uma bola de cristal no topo, adornada com asas de dragão em ouro. Ainda melhor do que eu tinha imaginado!
Além de tudo, o desenho é cheio de energia e me declara, oficialmente, a Rainha da Alegria!
Que maravilhoso presente eu ganhei das pequenas mãos de Pedro e da sua escolha sensitiva de elementos e palavras que conectaram profundamente com a minha essência.
Agora sempre que imagino o cetro, lembro-me que sou a Rainha da Alegria, e que devo agir como tal, que magnífica experiência isso tem sido!
- Liah'ah
- 12 de jun. de 2021
- 5 min de leitura
Bem-vindos, Humanos Divinos!
Para estrear o blog nada mais justo que uma história sobre Ahmyo, divirtam-se!

Eu estava passando alguns dias na casa da minha irmã no sul de Porto Alegre.
Era uma manhã de Sol e as caturritas cantavam lindamente no topo das árvores de Eucalipto. Da sacada de casa eu podia escutá-las e regozijar-me em seu canto. Esse regozijo motivou-me a ir em direção à elas.
A caturrita é um dos meus pássaros favoritos, pela sua cor verde que se destaca no céu azul e pelo seu canto que parece incessante durante todo o dia.
Caminhei alguns metros pelas ruas da zona rural da cidade, chegando até o grande terreno onde estão plantados os Eucaliptos. É uma propriedade privada usada para criação de vacas, protegida apenas por uma velha cerca de arame e circundada por algumas casas. Muitas pessoas atravessam essa propriedade pois ela conecta duas partes do bairro.
Diversas vezes eu vi pessoas passarem facilmente entre dois pedaços de arame na velha cerca e depois seguirem caminhando tranquilas, enquanto eu ficava a admirar os belos ninhos dos pássaros no topo das árvores.

Mas esse dia tinha algo especial.
Nesse dia eu não queria apenas observar os pássaros, as árvores e a linda vista do morro. Nesse dia eu queria explorar um pouco mais além daquilo que eu já conhecia.
De uma maneira muito sincrônica algo inusitado aconteceu, enquanto eu pensava em atravessar a cerca, surgiu ao longe a presença de um rapaz. Mas não um rapaz comum, seus cabelos estavam tingidos de azul, ele tinha a pele clara e sua mochila era de um tom de azul um pouco mais escuro que o dos cabelos. Para finalizar, seus tênis completavam o visual em cores azul-neon e cor-de-rosa.
Ele caminhava sobre um enorme tronco de árvore que estava caído a alguns metros da cerca, para dentro do terreno.
Eu não pude tirar meus olhos dele, pensando de onde havia saído este ser tão colorido, em meio a essa zona da cidade que apesar da natureza pode ser tão cinza. Pensei também que ele estava a segundos de fazer aquilo que eu estava pensando em fazer - ultrapassar a cerca.
E assim foi, ele desceu do grande tronco, caminhou um pouco até a cerca e depois de cruzar a mochila pro outro lado, passou seu magro corpo entre os arames e seguiu o seu rumo.
Meus olhos se encheram de alegria! Era tudo o que eu precisava: um exemplo vivo!
Agora eu não poderia mais voltar para casa sem fazer o que estava em minha mente. Apenas esperei a figura do rapaz desparecer de vista e *plim* com um passe de mágica eu estava dentro do terreno.
A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi “isso é errado, eu não deveria estar aqui”.
Lembrei de uma experiência anterior em que eu estava com alguns amigos numa caminhada por uma área privada e fomos advertidos por um homem armado e à cavalo, pensei que não seria nada divertido se aquilo acontecesse outra vez.
Geralmente quando estou pisando em terreno desconhecido as experiências anteriores são as primeiras que aparecem para mim, mostrando-me uma mentira de como fiz “coisas erradas” no passado e estou a repetir os erros, tentando de uma certa forma “proteger-me” de uma decepção, dizendo-me que é melhor nem tentar, melhor não seguir em frente.
Mas havia em mim uma sabedoria interior, uma sabedoria que é como uma luz-guia, uma sabedoria que não pode ser contestada por nenhum tipo de argumento emocional ou racional, eu chamo isso de “Minha Verdade.”
Essa luz-guia é algo que está presente em todos os Seres de Alma, é única e está constantemente irradiando. Quanto mais nos permitimos percebe-la, mais presente ela se fará em nossas vidas.
Foi essa sabedoria que me fez perceber como as experiências passadas não definem o meu presente e assim, segui em frente.
“Ah! Isso é bom!” disse para mim mesma, enquanto me sentava no grande tronco caído.
Tomei uma boa respiração profunda e olhei para o céu e para as árvores, sentindo o sol da manhã aquecer as minhas costas. Apreciar a natureza daquele ponto era muito melhor do que ficar de pé atrás da cerca.
Sentada ali eu podia ver os morros verdes, imponentes. Ao longe eu podia ver algumas vacas e bem perto de mim pequenas borboletas brancas voando ao redor de arbustos de flores silvestres.
A atmosfera mágica daquela manhã tranquila me envolvia e me impulsionava a avançar, se há alguns segundos eu não queria ter entrado, não importava.

Agora eu queria me aprofundar, me afastar
mais da segurança do já conhecido e continuar com as descobertas.
O sol quente às minhas costas já começava a me incomodar e eu avistava sombra entre as árvores à frente. Levantei-me do tronco - antes desconhecido, agora tedioso - e fui em busca de mais aventura.
Alguns pensamentos de cautela rondaram minha cabeça e eu observei a área ao meu redor. Ao meu lado esquerdo, perto das casas, havia uma casinha de cachorro. “hm, isso é claramente um sinal de perigo” eu disse para mim mesma, tentando convencer a aventureira a voltar atrás.
E então, os devaneios começaram:
“É lógico que eles tenham um cachorro! Visto que isso é um terreno onde eles criam vacas e não apareceu nenhum homem armado à cavalo para proteger o local, ao menos um cachorro eles hão de ter!”
“Mas qual será a raça do cachorro?”
“Será um cruel pitbull com mandíbulas mortíferas?”
“Qual será a sensação de uma mordida de cachorro? Será tão ruim assim?”
Naquele momento eu estava de pé entre os troncos caídos “o que me fornecia uma certa proteção caso houvesse mesmo um cachorro” minha faceta cautelosa não deixou de notar.
Porém, uma coisa estava certa dentro de mim: “eu vou em frente”.
Diante dessa certeza, não me importava nenhuma experiência anterior.
Diante dessa certeza, não me importava nenhum perigo futuro, como por exemplo ser mordida por um suposto cachorro.
Só me importava o que eu sabia, o que eu podia sentir.
Era minha luz-guia novamente dizendo-me “vai ficar tudo bem”.
E de fato, o que eu tenho a perder ao confiar absolutamente em mim mesma? No Ser Divino que Eu Sou?
Eu soube, naquele momento, que não se tratava apenas de uma aventura matinal num terreno desconhecido, não se tratava do cachorro ou da sombra entre as árvores.
Eu soube que essa experiência era somente mais uma linda metáfora que eu estava interpretando no magnífico teatro da vida.
Eu soube que era simplesmente sobre AHMYO.
Enquanto eu avançava para além dos troncos caídos e me permitia explorar mais daquele amplo terreno, eu entendi que essa voz que me dizia “confia” era simplesmente eu mesma.
Não se trata de confiar em uma voz exterior que fala comigo, algum “guia” ou “Deus” externo.
É simplesmente AHMYO, é simplesmente confiar em mim mesma, confiar na minha voz, confiar na minha sabedoria, confiar na minha certeza interior.
Entender isso - ou lembrar disso - me fez sentir tamanha liberdade!
Caminhei mais e mais por entre as árvores, comunicando-me com elas, tocando-as, sentindo-as.
Caminhei tranquila, deleitando-me com o canto dos pássaros e com a linda vista dos morros tão verdes e do céu tão azul!

Nem me dei conta e eu já estava novamente perto da cerca por onde eu havia entrado. Sentei-me num tronco e colhi uma florzinha silvestre, tomei uma respiração profunda em completa alegria e… “au-au!! au-au!”
Não é que havia mesmo um cachorro?
Mas não era um pitbull com mandíbulas mortíferas e nem chegou perto de mim.
Ele estava preso por uma corrente, porém seu latido já foi suficiente para anunciar o fim da minha aventura naquele dia.
Rapidamente, usando meu passe de mágica *plim* eu estava do outro lado da cerca, rindo muito comigo mesma e ansiosa para compartilhar a minha experiência!
